Eis a matéria na íntegra:
"A Máquina de Brincar" traz poemas que colocam o diabo como uma figura simpática
Um livro infanto-juvenil lançado há exatos nove anos
virou alvo de críticas nas redes sociais, após ter trechos de dois
poemas – um sobre Deus, e outro sobre o diabo – divulgados por uma mãe
para quem a obra é uma heresia. Somente no Facebook o depoimento dela
obteve mais de 60 mil compartilhamentos.
No livro “A máquina de Brincar”, o autor Paulo Bentancur
descreve Deus como “criança pequenininha com medo de descer do céu”. Num
trecho do poema “O que Deus nos deu”, consta: “Quem já viu a sua cara,
quem já falou no ouvido desse pai tão escondido. Eu ainda não”.
No livro “A máquina de Brincar”, o autor Paulo Bentancur descreve Deus como “criança pequenininha com medo de descer do céu”. Num trecho do poema “O que Deus nos deu”, consta: “Quem já viu a sua cara, quem já falou no ouvido desse pai tão escondido. Eu ainda não”.
Já no poema “O diabo que me carregue”, numa página de fundo
escuro, com letras vermelhas, pode-se ler: “Ó diabo, meu amigo, vem, vem
brincar comigo. A tua cara malvada deixa Maria assustada...” E ainda:
...“Todos os filmes de terror tu escrevestes com amor”.
O livro tem, ao todo, 25 poemas, e foi comprado pelo governo do
São Paulo, segundo Bentancur, para ser distribuído nas bibliotecas de
escolas públicas.
Fanatismo
O autor não sabe explicar a razão de a obra ter virado alvo do que ele define como “um movimento de fanáticos”.
Ateu confesso, Bentancur diz que, para ele, Deus e o diabo são
“ótimos personagens de ficção”, com os quais brinca nos poemas. Na sua
opinião, 90% dos que o criticam nem leram os poemas.
Autor de 30 livros já lançados, 25 dos quais infanto-juvenis,
Bentancur diz que seus textos são bem-humorados. “Busco a beleza das
palavras e das imagens. Não faço propaganda religiosa”, esclarece.
Mensageiro
Mas, para o pastor presidente da Igreja Adventista nas regiões
Norte e Central do Estado, Jair Soares Lima, o livro de Bentancur “é
desastroso”.
“Ele está sendo mensageiro do inimigo de Deus. O diabo não
mostra sua cara, mas tem representantes aqui na Terra. E seu alvo maior
são as crianças, o futuro do mundo”, assegura.
Doutor em Ciências da Religião, o professor Edebrande Cavalieri
pensa diferente. “Sob regime do medo não se educa para a fé, para a
vida, para Deus. Se o livro leva as pessoas a viverem com menos medo, a
discutir a questão do mal com tranquilidade, ótimo. As pessoas têm uma
imagem estereotipada do demônio”, diz ele.
Fonte: FELIZ, Claudia. Disponível em: http://www.gazetaonline.com.br/_conteudo/2014/07/noticias/cidades/1492358-diabo-em-livro-infanto-juvenil-vira-polemica.html
Informe aos nossos usuários da Biblioteca Comunitária Antonio Tavernard
Ainda não temos no acervo infanto juvenil a referida obra, mas caso consigamos vamos debater sobre o assunto junto aos pais e responsáveis das crianças que frequentam a biblioteca.
Já no poema “O diabo que me carregue”, numa página de fundo
escuro, com letras vermelhas, pode-se ler: “Ó diabo, meu amigo, vem, vem
brincar comigo. A tua cara malvada deixa Maria assustada...” E ainda:
...“Todos os filmes de terror tu escrevestes com amor”.
O livro tem, ao todo, 25 poemas, e foi comprado pelo governo do São Paulo, segundo Bentancur, para ser distribuído nas bibliotecas de escolas públicas.
Fanatismo
O autor não sabe explicar a razão de a obra ter virado alvo do que ele define como “um movimento de fanáticos”.
Ateu confesso, Bentancur diz que, para ele, Deus e o diabo são “ótimos personagens de ficção”, com os quais brinca nos poemas. Na sua opinião, 90% dos que o criticam nem leram os poemas.
Autor de 30 livros já lançados, 25 dos quais infanto-juvenis, Bentancur diz que seus textos são bem-humorados. “Busco a beleza das palavras e das imagens. Não faço propaganda religiosa”, esclarece.
Mensageiro
Mas, para o pastor presidente da Igreja Adventista nas regiões Norte e Central do Estado, Jair Soares Lima, o livro de Bentancur “é desastroso”.
“Ele está sendo mensageiro do inimigo de Deus. O diabo não mostra sua cara, mas tem representantes aqui na Terra. E seu alvo maior são as crianças, o futuro do mundo”, assegura.
Doutor em Ciências da Religião, o professor Edebrande Cavalieri pensa diferente. “Sob regime do medo não se educa para a fé, para a vida, para Deus. Se o livro leva as pessoas a viverem com menos medo, a discutir a questão do mal com tranquilidade, ótimo. As pessoas têm uma imagem estereotipada do demônio”, diz ele.
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