PARABÉNS
ICOARACI – 148 ANOS DE HISTÓRIA
A Biblioteca Tavernard enquanto incentivadora da valorização e resgate da memória do Distrito de Icoaraci congratula-se com votos de felicidades a Vila Sorriso.
Apesar das mazelas sociais tão presente no Distrito e da falta de interesse do poder público de melhorar os vários aspectos que norteiam o dia dia na localidade. O resultado é o descaso tão latente nos casarões antigos e a perda da identidade histórica.
Desejamos nossos felicitações a Vila Sorriso e que possamos usufruir por dia melhores no Distrito.
O
atual Distrito de Icoaraci tem como data oficial de fundação o dia 8 de outubro de 1869 – data em que a pacata Fazenda Pinheiro foi
transformada em Povoado com a denominação de Santa Izabel – mas já existiam
muitos anos antes um pequeno povoado no local.
Um pouco de sua
história.......
No
final do século XVII, Sebastião Gomes de Souza instalou-se em uma área elevada
na confluência do Rio Pará (Baia do Guajará) com o Furo do Maguari, denominada
de Ponta do Mel ou Melo (onde em 1650 viajantes portugueses haviam encontrado
abelhas), construindo uma casinha de taipa para sua família com a intenção de implantar
um engenho.
De
acordo com o historiador Jose Valente na Ponta do Mel chegou ser cogitado pelos
portugueses a construção de um forte para prevenir e defender o território
conquistado das invasões estrangeiras devido a sua posição estratégica.
Em
13 de novembro de 1701 nascia a Fazenda Pinheiro quando o Sr. Sebastião
requereu a Carta de Sesmaria ao Governador da Província do Maranhão e Grão-Pará
General Fernão Carrilho, sendo confirmada a concessão em 15 de outubro de 1705
por Dom Pedro II, Rei de Portugal. O sesmeiro seria Pinheirense, cidade de
Portugal.
Em
1762 a fazenda passou a ter novo dono, comprada por Antônio Gomes do Amaral que
ao falecer, doou-a ao Convento de Nossa Senhora do Monte Carmo com exigência de
que fosse rezada uma missa anualmente em favor de sua alma.
Em
13 de julho de 1824 a Ordem dos Frades Carmelitas Calçados já com a posse,
vendeu-a juntamente com a Fazenda Livramento, área vizinha de onde retiravam
argila para olaria, ao Tenente-Coronel João Antônio Corrêa Bulhões. As terras
juntas mediam ¾ de léguas do igarapé do Paracuri no Tapanã até o pontão do
Cruzeiro e, meia légua (3.300m) entrando pelo Furo do Maguari, indo até os
limites do engenho do Coronel José Narciso da Costa Rosa. Bulhões adquiriu
posteriormente a metade da ilha de Caratateua onde localiza o Outeiro – que
pertencia a D. Tomázio Ferreira de Melo, viúva de Manoel Góes.
Em
7 de julho de 1838, após a morte de Bulhões, a filha e herdeira Marina
Francisca Corrêa Bulhões, casada com Benjamin Upto Júnior, vendeu todas as
terras ao Presidente da Província do Grão-Pará General Francisco José D’Andréa
que deu início à instalação de um lazareto a ser administrado pela Santa Casa
de Misericórdia. Por inviabilidade, 20 anos depois a Santa Casa devolveu o
patrimônio ao Governo que tentou vendê-lo e não conseguindo, arrendou-o durante
nove anos ao Sr. Adolfo Klaus.
Em
3 de maio de 1861 foi instalada na Fazenda a Escola Rural D. Pedro I, a
primeira escola agrícola do Pará.
Em
8 de outubro de 1869 pela Lei
Provincial nº 598, a Fazenda Pinheiro foi transformada em Povoado com a
denominação de Santa Izabel, passando sua área a ser demarcada para definição
de lotes e logradouros para em seguida serem aforados.
Em
16 de abril de 1883, a Lei nº 1167 deu ao povoado o novo nome de São João
Batista sendo construída a Capela do mesmo nome. Em 6 de julho de 1895, a Lei
nº 324 já do regime republicano, elevou o povoado de São João Batista a Vila,
com a denominação de Pinheiro.
Em
31 de outubro de 1938, através do Decreto Lei nº 3.133, foi definido os limites
interdistritais de Pinheiro. Sua área limitava com Val-de-Cans e Mosqueiro,
abrangendo o Sub-Distrito de Outeiro.
Em
30 de dezembro de 1943, através do Decreto nº 4.505, assinado pelo interventor
Magalhães Barata, fixou a divisão administrativa e judiciária do Estado, pelo
qual a então Vila de Pinheiro passou a ser chamada Icoaraci.
Fontes:
1.CRUZ, Ernesto. A procissão dos Séculos. 2. JUNIOR GUIMARAES. Icoaraci: a
Monografia do Megadistrito.
As
Primeiras Ruas do Distrito e seus significados
As
primeiras ruas formaram-se a partir da execução da Lei Provincial nº 598, de 08
de outubro de 1869. No dia 28 de novembro de 1969, o cônego Siqueira Mendes,
que exercia então o cargo de presidente da Província foi ao Pinheiro para
assistir e ativar a demarcação e arruamento da localidade.
Foram
demarcados e divididos oito (8) quarteirões em frente ao rio Guajará e seis (6)
em frente ao furo (rio) do Maguari, cortados por dezesseis (16) ruas e duas
amplas praças no interior da povoação. Das 16 ruas, sete (7) são paralelas ao
rio Guajará, seguindo o rumo Norte/Sul e sendo consideradas como principais,
enquanto que as outras nove (9) ruas são perpendiculares às primeiras, seguindo
o rumo Este/Oeste.
Rua Siqueira
Mendes (1a. Rua),
no início do século XX, em homenagem ao presidente da Província na época (foi a
primeira rua a receber nome o qual permanecendo até hoje).
Rua 28 de
Novembro, homenagem
à data em que foram lançados os fundamentos da povoação. Hoje esta rua se chama
Manoel Barata (2ª Rua).
Rua 8 de
Outubro, data
da assinatura da Lei Provincial nº 598, que deu ao Pinheiro a denominação de
povoado. Hoje esta rua se chama Padre
Júlio Maria Lombaerde (3ª Rua) – fundador da Congregação das Filhas do
Coração Imaculado de Maria, que há 82 anos mantém um colégio na artéria.
Rua 15 de
Agosto, comemorativa
ao dia da instalação da Assembléia Legislativa Provincial (4ª Rua).
Rua 7 de
Setembro, tributo
cívico a independência do Brasil, hoje Coronel
Juvêncio Sarmento (5ª Rua).
Rua Santa
Izabel, denominação
da povoação e Santa a que era dedicada à mesma (6ª Rua)
Rua 25 de março, dia do juramento da
Constituição Política do Império. Atualmente rua 2 de Dezembro (7ª Rua).
Fontes:
1.CRUZ, Ernesto. A procissão dos Séculos. 2. JUNIOR GUIMARAES. Icoaraci: a
Monografia do Megadistrito.
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