quarta-feira, 27 de julho de 2016

25 DE JULHO – DIA NACIONAL DO ESCRITOR



O Dia Nacional do Escritor é comemorado em 25 de julho, data instituída em 1960 pela União Brasileira de Escritores.
Em breves e belas palavras, um de nossos maiores representantes da Literatura Brasileira definiu o ofício de um escritor. No dia 25 de julho comemora-se o Dia Nacional do Escritor, data instituída em 1960 pelo então presidente da União Brasileira de Escritores, João Peregrino Júnior, e pelo seu vice-presidente, o célebre escritor Jorge Amado.

Maior poeta brasileiro do século XX, Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira, Minas Gerais, em 1902. Faleceu em 1987, no Rio de Janeiro

“Escritor: não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também uma impossibilidade de as ver de qualquer outra maneira.”

Carlos Drummond de Andrade

Jorge Amado nasceu em 10 de agosto de 1912 no município de Itabuna, Bahia. Faleceu em Salvador, no dia 06 de agosto de 2001, aos 88 anos

“Pobres dos escritores que não se derem conta disso: escrever é transmitir vida, emoção, o que conheço e sei, minha experiência e forma de ver a vida.”

Jorge Amado

O Dia do Escritor surgiu após a realização do I Festival do Escritor Brasileiro, iniciativa da UBE. O grande sucesso do evento foi primordial para que, por intermédio de um decreto governamental, a data fosse instituída com a finalidade de celebrar a importância do profissional das letras, profissão que, infelizmente, nem sempre tem sua relevância reconhecida.

Erico Verissimo nasceu em Cruz Alta, Rio Grande do Sul, em 17 de dezembro de 1905. Faleceu em Porto Alegre, no dia 28 de novembro de 1975

“Nenhum escritor pode criar do nada. Mesmo quando ele não sabe, está usando experiências vividas, lidas ou ouvidas, e até mesmo pressentidas por uma espécie de sexto sentido.”

Erico Verissimo

Com pouco mais de quinhentos anos de história, a Literatura Brasileira, se comparada à tradição literária europeia, por exemplo, ainda é jovem, mas nem por isso menos rica e interessante. Dos primeiros cronistas à literatura contemporânea, oferece uma diversidade de autores que representam os mais variados gêneros, muitos internacionalmente reconhecidos.

Caio Fernando Abreu nasceu em 12 de setembro de 1948 em Santiago, Rio Grande do Sul. Faleceu em Porto Alegre, no dia 25 de fevereiro de 1996

“O escritor é uma das criaturas mais neuróticas que existem: ele não sabe viver ao vivo, ele vive através de reflexos, espelhos, imagens, palavras. O não-real, o não-palpável. Você me dizia “que diferença entre você e um livro seu”. Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos. Alguns estranhos.”

Caio Fernando Abreu

Em verso e prosa, os escritores brasileiros representam e defendem a identidade cultural do país, fazendo da palavra a matéria-prima de sua arte. Por meio de pensamentos, sentimentos e opiniões, provocam nos leitores diferentes emoções, fazendo rir, chorar, recordar e refletir.

Fonte: Luana Castro - Brasil Escola. Disponível em: http://www.blogdogaleno.com.br/2016/07/25/hoje-se comemora-o-dia-nacional-do-escritor. Acesso em: 27.07.2016.



 A Biblioteca Comunitária estende também esta homenagem ao nosso talentoso e saudoso escritor e poeta Antônio Tavernard com a seguinte poesia escrita em 1931:  

MENTE, POETA

Mente, poeta! A vida apenas vale
Pela mentira que nos faz feliz.
Que nunca jamais teu verso cale
A mistificação
Ou a burla que desdiz
A dúvida infernal de um coração!

Mente, poeta, mente! Não existe
Isso a quem chamam de sinceridade.
Gargalha, se tua alma chora triste,
E, se vives em grande alacridade,
Põe soluços nos versos que escreveres.

Faze de engano a trama que teceres!
O poeta é uma aranha, e as emoções
Dos que o lêem, inseto multicores
Que se deixam ficar nas suas dores,
e alegria, na sua ventura ou pena,
pelo invisível fio das ilusões
que existem no aranhol de algum poema.

Mente! A mentira, qual couraça,
Abrouquela e defende o nosso sonho
Nesse combate hórrido e medonho
Que a existência é. Mente e, empós, passa!...
Hão de seguir-te bençãos e evoés!
O que ganhou Moisés
Em ser sincero? Morrer sem Canann
A verdade é malsã.
Lembra-te de Jesus!
Foi ela que o pregou naquela cruz.

Mente, poeta! Desfolha os malmequeres
Das estrofes falsas que criares
Sobre o colo de todas as mulheres
Que amares!
As mulheres, que são?
Uma linda mentira em encarnação.

Mente às tontas, a esmo...
A todos e a ti mesmo!...

Se és casto, louva o vício!
Se és bom, prega a maldade!
Se amas, nega o amor!
Egoísta, aconselha o sacrifício!
Mísero, canta a felicidade!
Feliz, descreve a dor!

Faze de engano a trama que teceres!
Que nunca a burla a tua lira cale,
Pois a verdade mais límpida não vale
Dos versos que escreveres!




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